sexta-feira, 17 de julho de 2009

Reconstrução do Cine-Teatro vai avançar

Está desbloqueada a reconstrução do cine-teatro de Santo Tirso: encontrado um parceiro privado para o investimento, as obras já podem avançar. A adjudicação do consórcio foi aprovada pela Assembleia Municipal. Após esbarrar na falta de apoio do Estado, no insucesso de candidaturas a fundos comunitários e num concurso público internacional que "obrigou a prazos e audiências prévias muito alargados", o cine-teatro de Santo Tirso vai, agora, poder ser resgatado a um abandono de duas décadas, ao qual apenas a fachada resistiu. A entidade privada vencedora do concurso foi anteontem apresentada à Assembleia Municipal, que aprovou a proposta por larga maioria. Era o passo que faltava para a constituição de uma parceria público-privada. Esta ficará assente numa sociedade comercial que inclui o consórcio privado e a autarquia e que irá construir, além do cine-teatro, os novos estaleiros municipais, remodelar a piscina municipal e requalificar o mercado municipal. Quatro "investimentos prioritários" que vão ser possíveis graças a "uma verdadeira solução de engenharia financeira, mas que cumpre a Lei das Finanças Locais", disse o presidente da Câmara Municipal, Castro Fernandes.
O primeiro equipamento a avançar será o cine-teatro, cujo projecto de arquitectura está concluído. O arranque da obra será "para muito breve", referiu o autarca, escusando-se, contudo, a concretizar prazos. Orçada em perto de 9 milhões de euros, a empreitada inclui a construção de uma nova estrutura a partir da frontaria - desenhada nos anos 50 do século XX - do edifício, situado no centro da cidade, ao lado do Tribunal. Há dois anos, quando o projecto de reabilitação do antigo cine-teatro da cidade foi apresentado à população e 2009 apontado como ano de conclusão da obra, Castro Fernandes debatia-se com o problema de obtenção de financiamentos. O apoio não chegou e a intervenção ficou adiada. Prometido ficou, porém, que o concelho - que não dispõe de um auditório municipal - teria uma "verdadeira casa da cultura". O futuro equipamento terá duas salas - um auditório principal com 300 lugares e outro de 120 - e capacidade para acolher espectáculos teatrais, dança, concertos, desfiles de moda ou conferências. Terá ainda um café-oncerto e galerias de exposições.

Jornal de Notícias