UM DRAMA DENTRO DE PORTAS

Alguns trabalhadores da fábrica de pneus Camac, sediada em Santo Tirso, concentraram-se em frente ao Governo Civil do Porto numa manifestação pacífica do seu descontentamento face à indefinição quanto ao futuro da empresa. Quando faltam poucos dias para a assembleia de credores (agendada para o dia 30 deste mês), e ainda sem uma solução à vista, pediram a intervenção do Governo, e em particular do ministro da Economia, para evitar o encerramento e a perda de 300 postos de trabalho. No passado mês de Dezembro, o Tribunal de Santo Tirso declarou a insolvência da Camac, mas agora é o Sinorquifa – Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Norte que reclama a atenção da tutela para este problema. É que, de acordo com aquela estrutura sindical, a Camac “é uma empresa de bandeira” – é o único fabricante de pneus de capitais exclusivamente portugueses – e tem uma “vocação essencialmente exportadora”. Acresce ainda que a Camac, uma das primeiras vítimas da crise de que tanto se fala, não tem dívidas para com o Estado nem qualquer instituição bancária. Merece, por isso, uma pronta intervenção da tutela, no sentido de garantir aos cerca de 300 trabalhadores da empresa tirsense um futuro um pouco menos difícil. Vejamos o que diz disto o ministro da Economia e da Inovação…