Uma das coisas que mais contribui para o meu orgulho em ser Tirsense é a importância que a Câmara Municipal de Santo Tirso dá à Cultura. Alguns dirão que é uma questão secundária, mas a verdade é que o povo precisa de pão e precisa de circo, e nessa matéria o nosso concelho tem sido privilegiado. Por isso, é com grande satisfação que aqui vos dou conhecimento da sessão de apresentação pública da monografia «O Mosteiro de Santo Tirso de 978 a 1588», da autoria do Padre Carvalho Correia, que tem lugar amanhã às 21h30 no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com o patrocínio da Autarquia e do meu bom amigo Castro Fernandes. Esta é a compilação de textos com que o reverendo defendeu, há cerca de um ano, a sua Tese de Doutoramento na Universidade de Santiago de Compostela, que nessa altura tomou o nome de «O Mosteiro de Santo Tirso na Idade Média», e que mereceu do júri a classificação máxima.O Padre Carvalho Correia dedica-se à escrita desde os seus 16 ou 17 anos, como disse o próprio numa entrevista em tempos concedida a uma publicação da Câmara Municipal de Santo Tirso, e têm sido muitas as suas obras dadas à estampa, quase sempre sobre freguesias, lugares ou monumentos do nosso concelho. Certamente por isso, há alguns anos (não sei precisar quantos) foi distinguido com a Medalha de Honra do Concelho, porque Santo Tirso deve efectivamente ter muita honra pelo facto de ter munícipes deste nível, e com esta entrega à terra onde nasceram e cresceram. Conhecedor dos jeitos e dos costumes tirsenses, como poucos o serão, Carvalho Correia é autor de numerosas obras que retratam essa cultura. Compreende-se, por isso, que o trabalho deste cidadão seja reconhecido e apoiado por uma autarquia que em momento algum tem fechado os olhos ao que de belo e erudito se tem feito por cá. É por isso uma honra conhecer o trabalho do Padre Carvalho Correia, como o é viver numa cidade em que a Cultura é merecedora de tamanha atenção por parte do executivo.